Instituto Superior Técnico

Formação

No contexto atual do ensino superior, é crucial que a formação dos docentes esteja preparada para responder às dinâmicas de um ambiente educativo em constante mudança. O modelo RAPID foi pensado para integrar cinco áreas essenciais do desenvolvimento docente: Relação, Avaliação, Pedagogia, Inovação e Digitalização. 

  • Este modelo apoia-se em conhecimentos teóricos importantes, como o facto de as interações sociais serem um potenciador da aprendizagem [1], o feedback contínuo ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de processos de aprendizagem autorregulada e de competências de reflexão sobre as próprias aprendizagens [2]. Teorias como a da Taxonomia de Bloom também nos orientam para a definição de objetivos educacionais que fomentam um pensamento crítico e analítico [3], enquanto o Alinhamento Construtivo de Biggs assegura que os objetivos de aprendizagem, as atividades pedagógicas e os métodos de avaliação estão coerentemente interligados [4]. As duas últimas componentes do acrónimo, Inovação e Digitalização, acabam por reproduzir uma ideia central da teoria da aprendizagem de Piaget, o construtivismo, que refere que o ensino deverá privilegiar a exploração ativa e a resolução de problemas, sendo esta a forma como o ser humano constrói ativamente o seu conhecimento, através da interação com o que o rodeia [5]. 
  • Assim, a vertente Ensina+ pretende abranger um conjunto de áreas de formação que ofereça aos/às docentes, de forma simples e prática, ferramentas que, de modo RAPID, possam ser integradas na sua prática diária e interligadas com o conhecimento empírico transmitido na vertente Contigo+.
  • Na Figura 2 constam as áreas do acrónimo RAPID que resume as áreas de intervenção ao nível da formação de docentes. 

Framework RAPID: cinco áreas de desenvolvimento pedagógico propostas para abrangerem a escolha das formações para docentes.

  • [1] L. S. Vygotsky, Mind in Society: The Development of Higher Psychological Processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.
  • [2] P. Black and D. Wiliam, “Assessment and classroom learning,” Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, vol. 5, no. 1, pp. 7-74, 1998.
  • [3] L. W. Anderson and D. R. Krathwohl, A Taxonomy for Learning, Teaching, and Assessing: A Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. New York: Longman, 2001.
  • [4] J. Biggs, “Enhancing teaching through constructive alignment,” Higher Education, vol. 32, no. 3, pp. 347-364, 1996.
  • [5] J. Piaget, The Origins of Intelligence in Children. New York: International Universities Press, 1952.